29 de jul. de 2008

WELESLEY DESEMBARCA


No dia 1 começou o desembarque nas praias do sul (Lavos) bastante contrariado por uma forte ventania do norte, tão frequente na nossa costa n`aquella época do anno.
Todos os barcos capazes de aguentar o mar (lanchas, barcos de pesca do alto, etc.) foram empregues no transporte de tropas, tendo prestado grandes serviços a galeota dinamarqueza Elisabeth, ancorada no nosso porto.
O procurador do concelho, coadjuvado por Domingos Lopes da Silva, procurava assegurar os transportes das tropas, embargando os carros e cavalgaduras que se podiam encontrar, mandando construir grandes mangedouras em Lavos para onde foram enviados pastos e palha. Do Porto remeteu a Junta suprema ao General Moore, 200 montadas para o serviço do exército, e 4 cavallos para o serviço do general.
Para interprete dos inglezes e para os acompanhar, nomeou a Junta António José da Silva.
O general Welesley hospedou-se em Lavos, em casa do parocho, que então era o padre António de Macedo Pereira da Horta.
(…) Em 5 entra em Coimbra, no meio do maior enthusiasmo, o general Bernardim Freire de Andrade, que consegue reunir ali mais de 1500 homens de tropa de linha(…)
Em 7, Welesley vai a Montemor-o-velho conferenciar com os generaes Bernardim Freire e Manuel Pinto Bacellar.
Os generaes portuguezes querem que as operações da guerra se façam no interior da Beira (…). Welesley, porém, recusa-se terminantemente a abandonar o litoral na sua marcha; considera a esquadra como a sua base de operações (…).
Tal foi o resultado da conferência de Montemor, regressando depois d`ella á Figueira, e partindo em seguida com as suas tropas e a pequena divisão portugueza em direcção a Lisboa.

Ult.op.cit.