29 de set. de 2008

PALHEIRO DA COVA



Na margem sul do Mondego predominavam os extensos campos dunares que se estendiam desde a embocadura do rio, seguindo para sul pelo litoral (…)
As pequenas povoações piscatórias eram caracterizadas por construções primitivas de madeira, erguidas por estacaria e denominadas de palheiros. A pesca foi a actividade principal destas populações. A necessidade de não se distanciarem do mar obrigava-as a construções adaptadas às condições de instabilidade do terreno para vencerem a dinâmica litoral inerente à acção dos ventos e do mar. A povoação Cova de Lavos foi um exemplo típico desse tipo de aglomerado de palheiros. Hoje apenas denominada de Cova, a povoação lembrava uma aldeia lacustre construída sobre uma depressão dunar, em frente ao mar.
Os palheiros da Cova, disseminados por vezes em arruamentos, foram sempre de forma rectangular e chegaram a totalizar as cinco centenas de habitações.

Na foto: Palheiro da Cova. Em plano intermédio a capela da Gala.

Retirado de "Transição entre os séculos XIX e XX na Figueira da Foz: os aspectos sócio-culturais e seu enquadramento geo-natural através do contributo da fotografia", de Miguel de Carvalho, in As Ciências da Terra e da Vida ao Serviço do Ensino e do Desenvolvimento, Ed. Kiwanis Clube Figueira da Foz.

22 de set. de 2008

PARA AFUGENTAR AS BRUXAS


Eu me entrego a S. Silvestre
E à camisa que ele veste
E aos seus anjos, trinta e sete
Cortou a cabeça à sérpe
O coração ao leão.
Para que me livre do demónio
E a quantos aqui estão:
Ao redor desta casa
Anda uma grande conquista
Valha-me o Anjo da Guarda
Mais S. João Baptista

II tomo do Folclore da Figueira da Foz de Cardoso Martha e Augusto Pinto, Espózende, 1913, 269 p. Composto por “Devocionário”, “Superstições”, “Costumes”, “Adagiário” e “Contos Tradicionais”.