* Segundo Viterbo e Pinho Leal, as almenaras eram fogueiras convencionadas, que ardiam de noite nos altos dos muros, das torres e em atalaias, isto é, em determinados locais elevados, destinadas, principalmente, a darem sinal de rebate pela aproximação do inimigo.
Eram os telégrafos doutros tempos.
Um dos pontos escolhidos para o fim referido era o marco geodésico, existente muito perto da capela da Senhora da Encarnação, construído sobre um cunhal do antigo Castelo, a que um documento de doação feito por D. Afonso III aos frades de Santa Cruz, existente no livro nº 2 dos Direitos Reais - Arquivo Nacional - citado por Goltz de Carvalho, chama «Torre de Buarcos».
Esta construção, que algumas vezes subimos pela sua estreita e íngreme escada de degraus, meio desmantelados, para apreciarmos o belo panorama que de cima se disfruta, tem doze metros de altura.
As almenaras deram o seu lugar aos fachos, por estes serem mais aperfeiçoados. Os fachos, que eram enormes archotes, prestaram óptimos serviços de farolagem, para aquela época, orientando a navegação nas costas e entrada nos portos.
Havia «Companhias do Facho», compostas de oficiais, sargentos e soldados, sendo notáveis os serviços desses corpos do exército na Guerra Peninsular.
Um auto da Câmara da Figueira refere-se a duas requisições desses fachos, feitas pelo alferes da 8ª Companhia de Ordenanças, António Maurício de Oliveira, da Figueira, e por outro oficial da mesma patente, Bento Gonçalves Amaro, de Redondos. .
A Câmara aprovou que lhes fornecessem: - duas barracas, dois mastros de batel, dois moitões com adriças, uma carrada de mato, uma bandeira, um lampião e o azeite preciso, sendo estes fornecimentos pagos pelo município.
* texto de Maurício Pinto, In Notícias da Figueira - 13-12-1941
Eram os telégrafos doutros tempos.
Um dos pontos escolhidos para o fim referido era o marco geodésico, existente muito perto da capela da Senhora da Encarnação, construído sobre um cunhal do antigo Castelo, a que um documento de doação feito por D. Afonso III aos frades de Santa Cruz, existente no livro nº 2 dos Direitos Reais - Arquivo Nacional - citado por Goltz de Carvalho, chama «Torre de Buarcos».
Esta construção, que algumas vezes subimos pela sua estreita e íngreme escada de degraus, meio desmantelados, para apreciarmos o belo panorama que de cima se disfruta, tem doze metros de altura.
As almenaras deram o seu lugar aos fachos, por estes serem mais aperfeiçoados. Os fachos, que eram enormes archotes, prestaram óptimos serviços de farolagem, para aquela época, orientando a navegação nas costas e entrada nos portos.
Havia «Companhias do Facho», compostas de oficiais, sargentos e soldados, sendo notáveis os serviços desses corpos do exército na Guerra Peninsular.
Um auto da Câmara da Figueira refere-se a duas requisições desses fachos, feitas pelo alferes da 8ª Companhia de Ordenanças, António Maurício de Oliveira, da Figueira, e por outro oficial da mesma patente, Bento Gonçalves Amaro, de Redondos. .
A Câmara aprovou que lhes fornecessem: - duas barracas, dois mastros de batel, dois moitões com adriças, uma carrada de mato, uma bandeira, um lampião e o azeite preciso, sendo estes fornecimentos pagos pelo município.
* texto de Maurício Pinto, In Notícias da Figueira - 13-12-1941