14 de ago. de 2007

POETAS FIGUEIRENSES

Começo de Confidência

Sentemo-nos aqui, n`este sombrio
Recanto onde a silveira vive presa.
Em trez léguas d`aqui em redondeza
Vemos os campos…os casais…o rio…

Tu, que andaste de mim tão erradio
Porque, segundo a voz da aldeia reza,
Tinhas queda também p`rá camponesa
Que a cabeça me poz em desvario;

Tu vaes agora ouvir, porque decerto,
Se tens amado, entenderás melhor
Toda a história das penas que padeço.

Ouve-me bem; e diz do teu acerto
O que é que pensas: - Uma vez Leonor…
- S`tas attento a ouvir-me? – Então começo…
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1904 Sant`Iago Prezado