Os primeiros trabalhos na mina do Cabo Mondego começaram em 1773 por impulso do Marquês de pombal e sob a orientação de Domingos Vandelli e Guilherme Elsden, na altura mestres da Universidade de Coimbra.
Os resultados não se revelaram animadores até 1802 altura em que os trabalhos foram abandonados pois a mina inundava frequentemente.
Em 1802 é nomeado encarregado das minas José Bonifácio de Andrade e Silva, tendo este construído uma fábrica de tijolo e telha e um forno de cal e mandado cultivar o Prazo de Stº Amaro para sustento dos animais que auxiliavam os trabalhos.
Andrade e Silva parte para o Brasil em 1819 e a exploração mineira pára. Em 1825 o Estado cedeu a exploração a particulares em regime de arrendamento. Foi em 1825 que surgiu a quezília entre o Povo de Quiaios e a administração da mina resultante de uma petição feita por aquele ao rei D. João VI para a restituição dos terrenos do Prazo de Stª Marinha.
Durante 13 anos a mina esteve parada. Em 1838 Jacinto Dias Damásio, concessionário da Empresa Conde Farrobo, activou a Mina Mondego, a Mina Esperança e a Mina Farrobo. No entanto, em 1845, os trabalhos foram paralisados.
Em 1867 o Conde Farrobo cede os seus direitos a João Pereira Caldas contra o pagamento de 1 conto de reis a partir do quinto ano de exploração. Em 1870 foi criada a Empresa Minas de Carvão do Cabo Mondego. Em 1872 foi criado o caminho de ferro americano entre a mina e a Figueira. No ano seguinte foi criada a Companhia Mineira e Industrial do Cabo Mondego. Em 1874 esta companhia adquire um forno de cal existente no local onde é hoje a esplanada.
Foi esta companhia que deu o grande salto do complexo industrial do cabo Mondego explorando a Mina, uma fábrica de vidros (vidraça e garrafa preta), tijolaria (situada em Buarcos; os barreiros da fábrica ficavam onde é hoje o estádio municipal), cal e exploração do caminho de ferro.