7 de jul. de 2004

O TESTAMENTO DO ABADE PEDRO

"Ego petrus abbas propter amorem sanctae it indiuiduae trinitatis facio kartam testamenti eclesiae sanctae dei genitricis semperque uirginis mariae episcopalis sedis colimbriensis de aeclesia sancti iuliani quae est sita in septemtrionali ripa mondeci fluminis prope litus maris quae condam depopulata et destructa fuit a sarracenis...."

"Eu, Pedro, abade, por amor de Santa e Indivídua Trindade, faço à igreja de Santa Mãe de Deus e sempre Virgem Maria da Sé episcopal de Coimbra, doação da igreja de S. Julião, que está situada na margem norte do rio Mondego, junto à praia, a qual noutro tempo foi saqueada e destruída pelos Sarracenos".

Começa assim o testamento do abade Pedro, feito em 1096, conforme se acha transcrito no Portugaliae Monumenta Historica. O Abade, pelos seus serviços, recebeu do conde Sisenando "além da abadia de S. Julião, todas as terras cultas e incultas que ficavam ao oriente, designadas já naqueles tempos pelos nomes de Casseira, S. Veríssimo (Vila Verde) e Fontela, o que junto com a herdade de Lavos constituía uma grande riqueza".