* Tinham ido à Serra da Boa Viagem. Era uma tarde de calor. A bola do sol parecia uma brasa redonda. Estava tudo azul e oiro. O céu. Os longes do mar. O rio quieto. Na fornalha do sol candente, os corpos, as almas, as coisas ardiam. O automóvel galgava as lombas da serra. E a vida crepitava em labaredas. E dessa vez duvidou…
No topo da serra, o panorama surpreendente, fez esquecer tudo o restante. É certo que a bola do sol boiava no azul sem vinco, derramando calor. E que ao Redol, pelos montes que se esfumavam nas distancias, pelo vasto mar sem fim, pela fita de nastro do rio que serpeava entre margens dum verde moço, pelos areaes do sul que flamejavam, - era tudo azul e oiro. Mas o panorama deslumbrava as retinas. E o resto esqueceu…
Saíram do carro. Da eminência, era um assombro de belesa que se rasgava. Desceram à mata dos cedros. Era tudo quiétude e silencio. Nem viv`alm! As franças do arvoredo, baloiçavam-se com tanta doçura, que o rumo era tão brando como uma carícia. Florice, enlaçou Luisinha. No ar palpitavam azas de seda, seivas perturbantes. As mãos de Florice, subiram o busto da amiga…
- Que lindo… que lindo…
Um dos seios de Luisinha, estava na concha das suas mãos:
- Que lindo… que lindo…
Mas Luisinha desprendeu-se. Correu. E dessa vez duvidou…
No topo da serra, o panorama surpreendente, fez esquecer tudo o restante. É certo que a bola do sol boiava no azul sem vinco, derramando calor. E que ao Redol, pelos montes que se esfumavam nas distancias, pelo vasto mar sem fim, pela fita de nastro do rio que serpeava entre margens dum verde moço, pelos areaes do sul que flamejavam, - era tudo azul e oiro. Mas o panorama deslumbrava as retinas. E o resto esqueceu…
Saíram do carro. Da eminência, era um assombro de belesa que se rasgava. Desceram à mata dos cedros. Era tudo quiétude e silencio. Nem viv`alm! As franças do arvoredo, baloiçavam-se com tanta doçura, que o rumo era tão brando como uma carícia. Florice, enlaçou Luisinha. No ar palpitavam azas de seda, seivas perturbantes. As mãos de Florice, subiram o busto da amiga…
- Que lindo… que lindo…
Um dos seios de Luisinha, estava na concha das suas mãos:
- Que lindo… que lindo…
Mas Luisinha desprendeu-se. Correu. E dessa vez duvidou…
* Da novela "A mulher que não gostava de homens", de RAYM. (pseudónimo de Raymundo Esteves) editado em 1936