O primeiro teatro que a Figueira da Foz conheceu foi o chamado Grémio Lusitano situado na Casa do Paço. Foi construído entre 1820 e 1823 e foi estreado com a tragédia “Nova Castro”. O teatro viria a ser vítima de um incêndio, em 1860, mas os camarotes e a plateia escaparam pelo que o Grémio continuou a sua actividade cultural.
Igual sorte teve o Teatro Príncipe D. Carlos inaugurado no Verão de 1874. Foi construído em terrenos conquistados ao rio, no local onde é hoje o passeio frente ao café Nau. A plateia deste teatro comportava 253 lugares, os camarotes 42 e as galerias 130. A julgar pelas descrições do exterior e interior do edifício tratava-se de uma excelente e bonita construção. O calcanhar de Aquiles do Teatro Príncipe era o seu palco com apenas 10 metros. Diz a descrição que o fundo do palco era ornamentado com um painel da autoria de Adolfo Loureiro que mostrava a vista exterior do teatro.
Na noite da inauguração, uma sala cheia assistiu ao drama “Opressão e Liberdade”, levado à cena por amadores do concelho. Diga-se que, nesta sala, o teatro de amadores tinha entrada embora no Verão pontificassem as companhias profissionais.
Nos últimos anos o Teatro albergou o Ginásio Clube Figueirense razão pela qual, há poucos anos, os ginasistas erigiram no local uma memória relativa ao edifício.